sexta-feira, 30 de julho de 2010

Horário das exibições no 21º Festival Internacional de Curtas Metragem de São Paulo

O curta "Eu Não Quero Voltar Sozinho" fará parte da Mostra Brasil 07 no 21º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, que será realizado de 19 a 27 de agosto de 2010.

As exibições acontecerão nos seguintes dias, horários e locais:

Dia 20/08 - 21H00 - CineSESC
Dia 21/08 - 16H00 - Cineclube Grajaú
Dia 22/08 - 18H00 - Centro Cultural São Paulo
Dia 24/08 - 19H00 - Cinemateca - Sala BNDES

Após as sessões na Cinemateca e no Centro Cultural São Paulo, os realizadores participam de um bate-papo com o público.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Balanço do Festival de Paulínia (Cineclick)

Matéria "Balanço do Festival de Paulínia: os negros vão ao cinema (na frente e por trás das câmeras)" por Heitor Augusto do Cineclick

"[...]
O cinema popular, o falso popular e o diálogo

Assim como os outros festivais, Paulínia teve seus momentos pouco gloriosos. Em 2010, os responsáveis foram a pretensão de As Doze Estrelas e o suposto apelo popular de Dores e Amores. Especialmente o segundo, de Ricardo Pinto e Silva, serviu para novamente questionar o que é cinema popular.

Sim, não existe fórmula e até mesmo os indícios que geralmente servem de explicação (por exemplo, diálogo com a linguagem televisiva) falham. O ótimo curta-metragista Daniel Ribeiro apresentou Eu Não Quero Voltar Sozinho, filme gay sobre a descoberta da sexualidade, com direito a beijo entre dois garotos. Foi profundamente aplaudido pelo público, reconhecido tanto na premiação do júri popular como na do oficial.

Malu de Bicicleta, que foge do hermetismo, mas também passa longe da comédia romântica esdrúxula, também foi ovacionado e lembrado, numa escolha corajosa, pelo júri. Já Desenrola, mistura de Malhação e High School Musical, representa uma válida tentativa comercial de chegar ao mercado jovem, também foi aplaudido.

O que isso demonstra? Que é impossível definir cinema popular e que o sofisticado não é sinônimo de “filme difícil feito para meia dúzia de pessoas”. Um filme gay pode ser popular, assim como uma comédia romântica ou um filme recheado de nomes da TV entre os coadjuvantes. Formação de plateia é um dos pontos nevrálgicos de um festival de cinema e, neste ano, Paulínia, que carecia de discussões potentes, fez sua parte com casa cheia quase todos os dias.
[...]"

Do blog Coisinhas e algo mais

Matéria (e vídeo) do blog Coisinhas e algo mais, por Renato Damião

Curta 'Eu não quero voltar sozinho', traz relação gay entre colegas de colégio

Matéria do MegaZine do jornal O Globo escrita por André Miranda.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Sozinho" no Cineclick

Texto retirado do Cineclick escrito por Heitor Augusto

"A cada vez que um filme com temática homossexual é exibido em algum festival de cinema, sempre fica a expectativa de qual será a reação da plateia. Vão dar risos nervosos? Sair porque acham ultrajante? Embarcar na história? Vaiar, aplaudir?

Toda vez que um filme de Daniel Ribeiro está na tela, os medos com uma generalizada reação intolerante vão para longe. Esse cineasta tem a habilidade de fazer filmes que unam questões importantes para o público gay e atravessar a ponte e conversar com aqueles que têm um tremendo pudor e receio em falar da temática homossexual.

Eu Não Quero Voltar Sozinho, largamente aplaudido na exibição de domingo (18/7) no Festival de Paulínia, mantém a coerência na trajetória de Daniel Ribeiro. Após vencer o Urso de Cristal do Festival de Berlim com Café com Leite, o diretor escreveu sobre a história de amizade de um trio de adolescentes: o cego Leo (Guilherme Lobo), a melhor amiga Giovana (Tess Amorim) e o novato no colégio Gabriel (Fabio Audi).

Amizade, amor, carinho, proteção, descoberta, adaptação, humanidade e perda andam juntas neste curta-metragem, em competição pelo Troféu Menina de Ouro. Um filme que trabalha em cima dos erros e acertos dos três personagens, da paixão que um une pelo outro.

Eu Não Quero Voltar Sozinho é um filme extremamente popular – no sentido positivo da palavra, tão utilizada como eufemismo de filme comercial ruim. Popular da mesma linha de É Proibido Fumar ou As Melhores Coisas do Mundo. Neste filme, Ribeiro faz um cinema fluido, de episódios da vida que, apesar de serem construídos para o cinema, são apresentados como algo natural. É vida que foi parar no cinema.

O curta foge de todas as armadilhas do politicamente correto ou das condenações. Mesmo porque o desconforto camuflado de quem assiste é antecipado pelos diálogos dos próprios personagens que, com fluidez cinematográfica, compartilham um pedaço de sua vida conosco.

Quem acha que esse garoto de 28 anos merece elogios apenas por trabalhar com uma temática que anda aos trancos e barrancos no cinema está enganado. Isso está em segundo plano para um diretor hábil em conduzir o espectador na história. Ele é bom mesmo! Com um pequeno detalhe: a matéria-prima de seu cinema é a humanidade/desumanidade das relações, que dá chão a personagens gays.

Daniel Ribeiro é um diretor promissor. Isso não significa que o único estilo para abordar personagens gays tem de ser delicado como Eu Não Quero Voltar Sozinho ou Café com Leite. Afinal, a agressividade também faz bem. Trata-se apenas de reconhecer que, quando a questão é um cinema que faz a ponte entre lá e cá, seu cinema é único.

O próximo passo é descobrir como Ribeiro, que nos curtas-metragens consegue parar o tempo e tornar particular a história de um ser humano qualquer, vai se sair quando dirigir o primeiro longa-metragem. Outra curiosidade é: seu cinema consegue falar de personagens que não são brancos de classe média?"

"Sozinho" na Cinequanon

Texto retirado da Cinequanon escrito por Cid Nader

"Daniel Ribeiro parece estar tomando um rumo panfletário em defesa da causa homossexual. Foi assim no seu hiper-sucesso anterior, “Café com Leite”, e é assim, novamente, em eu Não Quero Voltar Sozinho”. O “problema” é que ele entende de cinema, e, por mais que seus filmes se “manifestem” como obras de características propagandísticas, o resultado vem sempre pela constatação de trabalhos bem concretizados e de forte apego ao bom modo de confecção.

Esse novo é mais leve no modo de tocar o assunto e, como já havia acontecido no outro, não se atém somente a ele como mote condutor. No anterior, as cenas de carinho entre jovens adultos causava uma certa comoção (misto entre incômodo e curiosidade manifestada claramente) na plateia. Neste, não há cenas impactantes como peça de propaganda – o único momento em que acontece “algo” é tão ligeiro como um piscar de olhos -, mas há reações do espectador. Neste, Daniel se arma de esquematismos fáceis que indicam aonde o filme irá chegar (as primeiras perguntas de Leonardo, um garoto cego, a Giovana sobre as características de Gabriel já vem “banhadas” de compreensões sobre o futuro da trama; o esquecimento de um moleton; um aniversário de uma tia..), o que poderia comprometê-lo. Na realidade, compromete um pouco, sim.

Porém, quando se constata o resultado, quando se amplia a visão e nota-se que há mais do que “somente” a panfletagem, percebe-se que o filme fala, também, de carinho e descobertas na adolescência. Descobre-se a razão da reação positivíssima da plateia (como ocorria sempre com “Café com Leite”) que o assistiu, e consegue-se notar que Daniel tem um dom raro (não fruto do acaso) para a comunicação com o público. Acho, ainda, o filme anterior superior, mas talvez mude de idéia, já que, no caso daquele, transformei meus conceitos cada vez que o revia."

"Sozinho" na Cinética

Texto retirado da Revista Cinética escrito por Paulo Santos Lima

"[...] Simples é, também, o curta Eu Não Quero Voltar Sozinho. O filme de Daniel Ribeiro usa, em 15 minutos, o essencial para contar a história de um adolescente cego, Leo, que tem uma melhor amiga, Giovanna, e um novo amigo, Gabriel. Por infelicidade da mocinha, que é meio gamada nele, Leo passa a se interessar por Gabriel, descobrindo-se sexualmente. Isso é mostrado com certa sutileza, sem estardalhaço, e, mais importante, a cegueira do protagonista não será um drama, mas sim um outro modo do curta mostrar o assunto. Mostrar, mais do que contar, pois estamos em mais um tema que bem poderia ser um episódio de Malhação, mas com a sorte, bastante superior, de não ser um serviço em prol dos deficientes físicos ou esforço para estes serem reconhecidos e legitimados. Leo não tem nenhum dom ultra. Ele é um adolescente apaixonado por outro e ponto. Filme simples, talvez simples demais, “bonitinho” demais, com uma estrutura um tanto encadeada demais (para um filme que bem poderia ser um pouco mais livre e solto), mas Ribeiro consegue filmar numa rara proximidade e entendimento de seus personagens."

quarta-feira, 21 de julho de 2010

21º Festival Internacional de Curtas Metragem de São Paulo

E foi publicada hoje, a seleção de filmes brasileiros para o próximo Festival de Curtas de São Paulo, que acontece entre 19 e 27 de agosto, na cidade de São Paulo.

"Eu Não Quero Voltar Sozinho" está entre os filmes selecionados para a Mostra Brasil

terça-feira, 6 de julho de 2010

Festivais de Paulínia e Gramado

"Eu Não Quero Voltar Sozinho" foi selecionado para dois importantes festivais brasileiros. A estreia acontecerá no dia 18 de julho, às 20:30, no Festival de Paulínia. Logo depois, em Agosto, vamos participar da Mostra Competitiva Nacional do Festival de Cinema de Gramado.